[ENTREVISTA] Kim JaeJoong fala sobre preconceito contra ídolos que fazem rock e diz que escreve suas letras baseado em histórias reais


O público gosta do que está acostumado a gostar, e leva tempo para que aceite qualquer coisa nova e se acostume novamente com as mudanças. É por isso que estrelas, que vivem do amor e interesse dos fãs, geralmente ouvem mais os fãs do que eles mesmos.
Ídolos são especialmente colocados sob padrões restritos. Eles frequentemente são atacados por arriscarem qualquer outro gênero diferente de dance ou balada. O exemplo mais proeminente é o ex-líder do H.O.TMoon HeeJun. Quando anuncou que se tornaria um cantor de rock após o fim do grupo, muitos ridicularizaram a sua escolha e um grande número de anti-fãs se dedicou a zombar todas as suas ações.
Kim JaeJoong, membro do trio JYJ, porém, aceitou o desafio e decidiu lançar o primeiro disco solo de sua carreira no gênero rock. Ele precisou de 10 anos para chegar ao seu primeiro mini-álbum solo, I. Depois de um caminho tão longo, o jeito que expressa sua sede pela música que gosta mostra uma forte paixão.
O cantor contou sua história através das faixas do disco e mostrou que estava pensando seriamente sobre rock compondo muitas das canções. O público recebeu bem a sua sinceridade e ele sorriu com eles depois de derramar seu coração através da sua música. O portal Enews encontrou o apaixonado vocalista de rock Kim JaeJoong.

Esse é o seu primeiro álbum solo após 10 anos de carreira. Como você chegou a lançar esse disco?
Estava ativo como JYJ e depois comecei a atuar quando os outros integrantes também começaram a fazer trabalhos solo. Por muito tempo, encontrei muitos fãs como ator. Havia fãs que amavam me ver atuar, mas havia fãs que queriam ouvir nossas músicas e sentiam falta do nosso canto, ou aqueles que queriam ver coisas novas de nós. Eu lancei meu álbum com o pensamento de que deveria voltar à música o mais rápido possível por aqueles que esperaram tanto por isso.
Você escolheu o rock em seu primeiro álbum solo. Você sempre quis experimentar rock?
Eu cresci ouvindo rock. Eu não era muito profundo ou hardcore, mas gostava de imitar N.EX.TYoon Do Hyun Band e Seo TaiJi. Eu apresentava rock em nossos shows ou em singles solo. Ainda assim, não sabia que lançaria meu primeiro disco solo no gênero rock.
Você co-produziu o álbum com Kim BaDa, ex-vocalista da banda Sinawi. Como vocês começaram a trabalhar juntos?
Aconteceu de eu conhecer sobre Kim BaDa. Eu pedi para que ele trabalhasse comigo porque ele foi vocalista de uma banda lendária, e porque soube que suas músicas são muito boas. Ele compôs One Kiss para mim, e eu só pude dizer que ela era ‘ótima’. Eu amei que ela incorporou sessões, melodias e um humor que não pode ser encontrado em outras canções coreanas, e eu fiquei satisfeito em como ela mesclou os sons pesados da Sinawi e ainda passou uma sensação de sonho.
Kim BaDa escreveu não só One Kiss mas também Mine, música de trabalho do álbum.
JunSu insistiu em perguntar o que eu achava de cantar em um estilo como o de Maze, um single que cantei no Japão. Eu pedi a Kim BaDa uma música com uma batida mais rápida e ele disse ‘entendi’ e criou Mine em dois dias. Ele é o melhor.
Você deve ter ficado muito satisfeito com o resultado.
Ficou ótimo. Excelente. Eu ainda não consigo acreditar que é a minha voz que canta One Kiss. (risos)”
Como JunSu e YooChun reagiram ao seu álbum rock?
YooChun estava se preparando para um evento midiático na China quando One Kiss foi lançada. Eu enviei a música pra ele e ele disse que bebeu um pouco depois de escutar. Acho que é uma música que te faz sentir vontade de beber. (risos)
JunSu gostou muito de Mine. Ele ouviu e ficava dizendo: ‘Oh, bom, bom, bom’. Como eu disse, JunSu queria uma sensação semelhante por isso disse que a música ficou ótima porque ficou do jeito que ele queria.
Você deve ter se preocupado ao escolher música no estilo rock. O público parece se sentir estranho quando ídolos tentam experimentar novas coisas, especialmente rock.
É isso que é difícil. Se pensarmos em termos de atuar, um ator que participará de uma comédia depois de passar muito tempo estrelando romances sentirá medo. É o mesmo para um cantor que só havia cantado faixas dançantes ou baladas e vai tentar rock. Porque estava com medo, eu quis rock e não tentei incluir outros estilos em que sou bom. Eu só queria colocar minha voz em peças de rock tradicional.
O que quer dizer com você não quis incluir nenhum outro estilo em que é bom?
Como eu colocaria muitas coisas em jogo com minha nova tentativa, senti que deveria fazer algo em que sou bom também para tornar isso menos assustador. Aind assim, senti que isso tornaria a compreensão da música mais difícil, então só cantei em rock tradicional. Eu pedi ajuda especialmente para pessoas que trabalham no gênero rock.



Como Kim BaDa disse que você deveria reagir a críticas sobre você ser um ídolo experimentando rock?
Quando membros de grupos de ídolos se arriscam em novas áreas, grandes fãs do gênero os recebem com preconceito. Eu estava preocupado porque eu era parte de um grande grupo também e acho que ele sabia. Ele tentou enquadrar minhas emoções e vocais para que eles combinassem com rock tradicional. Eu canto geralmente com uma voz frágil, mas gritei e cantei com uma voz rouca e sólida em One Kiss. Ele me disse para experimentar novos métodos vocais fora dos padrões do K-pop.”
Como você escolheu as cinco faixas que compõem o seu álbum?
As canções que eu escrevi antes eram mais no estilo R&B e K-Pop, então queria a ajuda de músicos de rock dessa vez. Eu queria muita ajuda daqueles que escreviam músicas e também faziam parte de bandas de rock. Queria aprender mais sobre rock e compreender mais sobre isso. Compus Healing for Myself e All Alone sozinho, mas para as outras u usei faixas de Jeon HaeSung e Kim BaDa.
Como você escolheu Mine como faixa promocional?
Pensei muito sobre isso. Pensei que One Kiss seria mais atrativa para o público, mas Mine era única. A melodia e a sessão combinavam perfeitamente como faixa promocional do meu primeiro álbum solo em temática rock. Escolhi Mine proque precisava de um clipe para minha faixa promocional e pensei que o vídeo precisava fazer um grande impacto.


Você escreveu as letras de todas as cinco faixas do seu álbum: One KissMineHealing For MyselfYou Feel Me Up e All Alone. Elas todas falam sobre suas experiências do passado?
Healing for Myself, que tem letras que falam de um amor perdido, é baseada em uma história real. (risos) Eu escrevo sobre os meus próprios relacionamentos desde que comecei a escrever para o TVXQ e meus fãs sabem que tenho usado minhas próprias experiências em minhas letras. É claro, eu preciso ter amado para poder escrever sobre isso. (risos) Mas às vezes eu escrevo letras baseadas em filmes.”

Então você terminou com sua namorada recentemente, como diz a letra? Quando foi o seu último relacionamento?
Não vou responder essa pergunta. (risos)”
Parece que a letra de Mine possui uma mensagem mais forte do que de amor. Ela parece muito abstrata também.
Senti que eu precisava escrever mensagens mais simbólicas de amor quando ouvi One Kiss e senti o mesmo por Mine. Como é rock hardcore, achei que letras doces que dizem coisas como ‘Eu te amo’ não combinariam. Os métodos expressivos usados em Mine são bastante usados no Japão, nos quais eu falo da dor que eu tive que enfrentar e uso minhas próprias histórias de amor. A confiança expressa em Mine também é a minha própria.
Faz 10 anos desde que você estreou. Quando você se mais sente que faz muito tempo?
Ouvi recentemente as músicas que cantei desde a minha estreia e elas são cerca de 130 a 140 músicas. Eu senti então que já se passaram 10 anos, e que eu trabalhei duro.
Sua música deve ter mudado muito do que era antigamente.
Eu me sinto envergonhado. (risos). Na verdade acho que ainda sou muito novo. Minha mente e minha aparência parecem bastante jovens. Eu penso assim e depois assisto vídeos de quando era mais jovem, e percebo como era muito mais novo. Eu achava que há quatro, cinco anos eu já estava totalmente maduro. (risos)”
Antigamente, sempre que vocês lançavam uma música, ela iria para o topo das paradas; mas atualmente suas canções não estão muito bem nos rankings.
Eu me importo mais como álbum do que como as minhas músicas se saem nos rankings. Seria ótimo ter todas elas no topo, e seria bom se mais pessoas ouvissem nossas músicas ao menos através de áudio já que não podemos nos apresentar na TV… Mas acho que todos músicos geralmente têm menos oportunidades de mostrar suas performances.”

O que você acha da polêmica envolvendo as músicas do MBC ‘Infinity Challenge’, que se saem bem nos rankings musicais, ou sobre qualquer outra música lançada por comediantes?
Eu sei que existe uma controvérsia sobre isso, mas não existe culpados. Algumas pessoas subestimam músicas tocadas em programas de variedades mesmo quando elas são produzidas com sinceridade. Ainda assim, músicas de estrelas populares vão facilmente ao topo das paradas em qualquer lugar do mundo. No Japão, mesmo uma canção cantada por uma criança de cinco anos chega ao 1º lugar. Acredito que seja natural que as canções do Infinity Challenge cheguem ao topo porque elas foram interpretadas por algumas das pessoas mais populares da Coreia do Sul.
Você realizará seu concerto nos dias 26 e 27 de janeiro. Ouvi dizer que será uma nova experiência, com três partes incluindo um mini-concerto e um encontro com fãs.
Será um evento em que eu posso me expressar, um em que eu posso fazer o que meus ãs querem de mim e uma pequena performance ao vivo. É um evento e um concerto produzidos para juntar as três partes em um palco. Eu sempre digo quando realizo um concerto que quero me conectar e conversar com os fãs, mas sempre acabo falando sobre mim ao invés de realmente conversar com o público. Essa vez, porém, tenho partes em que fãs podem participar e eu aceitarei pedidos. Também acredito que haverá um aparte em que fãs possam subir ao palco e fazer parte de um jogo.

Quais são seus planos para 2013?
O que sabemos por agora é que o JYJ lançará um novo álbum. Acho que é hora de fazermos outra turnê mundial. Se eu tiver tempo, quer atuar de novo. Quero fazer muitas coisas.
Você planeja realizar uma turnê mundial como JunSu?
Eu quero muito, mas não tenho músicas suficientes e não acho que eu possa fazer uma turnê mundial sozinho ainda. É por isso que fiquei com inveja de JunSu. É algo ótimo, que o membro de um grupo possa fazer uma turnê pelo mundo sozinho.
Você se sente feliz?
Estou muito feliz, mas há muitos momentos em que não estou. Acho que é porque tenho que encontrar muitas pessoas. Eu vivo uma vida que ninguém pode viver por mim, mas também tenho que passar por coisas pelas quais ninguém teve que passar. Acho que a conclusão é de que eu sou feliz. (risos)”
Fonte: Enews 1 | 2/sarangingayo






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