Coreia de Sul amplia planos para redução de imigração ilegal


O Primeiro-Ministro Hwang KyoAhn (centro) fala durante a reunião do governo sobre as políticas para estrangeiros em Seul. Foto: Yonhap
O governo sul-coreano anunciou recentemente seus planos para reduzir a taxa de imigrantes em situação irregular para menos de 10% até 2018, sendo mais rigoroso na pré-triagem
Em uma reunião sobre políticas para estrangeiros presidida pelo Primeiro-Ministro, Hwang KyoAhn, o governo prometeu reprimir os estrangeiros que se encontram na Coreia do Sul sem vistos legítimos, e tomar medidas para ajudar os imigrantes legalizados a se integrarem na sociedade mais facilmente. Como parte dos esforços, o governo vai entrevistar os estrangeiros antes da emissão de cartões de embarque das companhias aéreas e reforçar os controles nas fronteiras para passageiros em trânsito em aeroportos ou os que entram na Coreia com isenção de visto.
Como as ameaças terroristas internacionais se intensificaram após o ataque em Bruxelas, pretendemos definir a segurança pública como nossa prioridade máxima através do reforço dos controles nas fronteiras e gestão de imigrantes ilegais“, disse Hwang, em reunião no complexo do governo de Seul. “O aumento do número de imigrantes pode ser positivo na medida em que pode reforçar a competitividade do país e incluir a diversidade“, disse ele. “Mas também aumenta as preocupações sobre imigrantes ilegais e crimes cometidos por estrangeiros“.
A Coreia do Sul está em alerta constante, depois que dois cidadãos chineses e um vietnamita entraram no país sem serem notados pelos funcionários da imigração ou guardas de segurança do aeroporto, no início do ano. Atualmente, existem 1,9 milhões de cidadãos estrangeiros no país, representando 3,7% de toda a população. O Ministério da Justiça afirmou que 11,3% da população estrangeira total está no país ilegalmente.
O governo também vai rever o sistema de permissão de emprego, para evitar que os trabalhadores migrantes fiquem em situação irregular no país após seus contratos expirarem. Dentro do EPS (que é a sigla para Sistema de Permissão de Emprego e exige que todos os estrangeiros que querem trabalhar na Coreia do Sul aprendam o idioma e se submetam à um teste de proficiência em coreano), o país recebe seletivamente os trabalhadores migrantes de países do Sudeste Asiático e Ásia Central, que trabalham em empresas de alta rotatividade.
A revisão do EPS dará mais autoridade aos funcionários do Ministério do Trabalho para autuar os migrantes que violarem as condições do visto. A triagem de candidatos estrangeiros antes da emissão de vistos também irá aumentar, mas serão aceitos trabalhadores temporários no país por até 90 dias, no setor agrícola. A taxa de residência ilegal na Coreia do Sul por país/nacionalidade será levada em conta quando o governo estabelecer as cotas de entrada de trabalhadores, por país, no novo EPS.
O governo também pretende ajudar os imigrantes a se integrar melhor na sociedade, expandindo serviços voltados para estrangeiros e aumentando a consciência da diversidade cultural. Oferecerá também aconselhamento jurídico gratuito em vários idiomas para os trabalhadores migrantes e aumentará o número de escolas multiculturais.
Para o plano global de administração da população estrangeira, o governo atribuiu uma verba especifica para 1.227 projetos.
Fonte: The Korea Herald/Sarangingayo

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